terça-feira, 3 de maio de 2011

Água doce ou amarga?



Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim.
Porventura a fonte deita da mesma abertura água doce e água amargosa?(Tg 3: 10-11)

Você já ouviu alguma vez alguém afirmar que palavras têm poder? Não só alguns líderes espirituais costumam dizer isso, mas em muitos lugares ouvimos esse “ditado”. Por ter ouvido várias vezes essa frase, há dias venho meditando sobre o poder que nossas palavras exercem e nas conseqüências – boas e ruins - que elas trazem para nossas vidas. Comparando essas palavras proferidas a águas doces ou amargas, comecei a prestar mais atenção nas conversas das pessoas ao meu redor e a perceber a reação daqueles que receberam essas palavras.
Antes de citar um exemplo do que vi, quero apresentar a vocês um texto de um homem a qual não conheço, mas que aparentemente é muito sábio. Ele resumiu com praticidade o que a Palavra de Deus diz sobre o resultado do poder da língua. Em um trecho do seu texto, Bess Sondel diz:

“Palavras levantam ou derrubam.
Acalmam ou revoltam.
Acariciam ou ferem.
Harmonizam ou destroem.
Ora são pontes, ora são muralhas...
Ás vezes, unem; outras vezes, separam.
Palavras têm força, peso e poder.
Podem promover a paz ou podem provocar uma guerra.
Certamente já se ouviu falar de guerras que foram deflagradas em consequência de algo que foi dito num momento impensado.
Quem nunca experimentou situações de ódio, rancor, indiferença,
paixão ou amor, despertadas por palavras proferidas no auge da exaltação?
Palavras têm ressonâncias eternas.
Têm consequências inesperadas e ás vezes irreparáveis.
Podem levar ao céu e podem impelir ao abismo.
E, uma vez proferidas, como retirá-las? Como desfazer os estragos por elas provocados?
Há sempre a possibilidade de um pedido de perdão.
Ou a tentativa de alguma explicação para minimizar o impacto causado.
Mas, como colar uma porcelana sem deixar as marcas da emenda?
Seria o mesmo que tratar das feridas e ignorar as cicatrizes.
Palavras exigem reflexão, cautela, serenidade...
Jamais a impulsividade.
A reflexão e o cuidado previnem estragos que podem ser evitados.
A impulsividade gera atritos e desentendimentos.
Palavras podem ser bênçãos ou sentenças... ”

Em Provérbios 15:1 lemos: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.” Não existe arma mais letal do que uma língua maldosa e inconsequente. A violência física e sexual provoca muitas dores e traumas, mas a psicológica, através de palavras, aprisionam as pessoas, as fazem adoecer e reviver a todo instante a ira, a mágoa e o ressentimento gerado pelo recebimento de uma palavra envenenada.

Hoje pela manhã, ouvi minha vizinha gritar com seu filhinho pequeno, que ao vê-la chegar, começou a chorar e dizer que não queria ir para a escola. Fiquei triste ao ouvir a resposta dela ao pequeno, que poderia ter sido encorajadora ao invés de destrutiva. Ela disse ao menininho: “Ótimo! Então não vá e fique MAIS burro ainda do que seus colegas!” Puxa vida! Essa mãe perdeu a chance de abençoar seu filho. E o garotinho com certeza refletirá em sua vida as palavras tolas que sua mãe lançou sobre ele.

Você que está lendo esse texto pode pensar: “Nossa, que falta de sabedoria falar assim com a criança!” Mas quantos de nós não agimos como ela, seja com outras pessoas, que dizemos que amamos, ou até conosco mesmo? Ou você nunca praguejou algo ao se olhar no espelho, por exemplo, e soltar uma frase depreciativa, como: “Nossa, que cabelo horroroso!” ou “Que corpo mais desproporcional!” ou até mesmo quando erramos algo dizemos contra nós mesmos: “Como eu sou burra!” E não sabemos que com essas palavras estamos nos amaldiçoando e destilando águas amargas que nos afogarão!
Se nos lembrássemos sempre das Escrituras Sagradas e de fato escrevêssemos as leis de Deus na tábua do nosso coração, como fez o rei Davi, com certeza seríamos mais vigilantes com nossa boca. O apóstolo Paulo escreveu, no sexto capítulo de sua primeira carta aos Coríntios, uma lista dos pecados que nos impedem de chegar ao céu. Entre eles, lemos no versículo 10: “nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem MALDIZENTES, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. Esse maldizer se refere a qualquer palavra torpe que saia da nossa boca, seja contra nós mesmos ou contra alguém. Jesus nos disse que daremos conta de cada uma delas no dia do juízo. (MT 12:36)

O que podemos fazer então para moderar a língua e não perdermos a chance de vivermos plenamente as bênçãos do Senhor em nossas vidas? Podemos pedir perdão a Deus por cada palavra impensada que já lançamos, e pedir à Ele que nos ajude a vigiar sempre em cada frase que dissermos, para que sejam ditas para adoçar a alma de alguém, e não para amargar. Que possamos seguir o exemplo do nosso Mestre, que com apenas uma palavra curava, produzia fé e dava vida!

Por Graziela Moura

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Cristã, jornalista, observadora dos acontecimentos e leitora do livro mais precioso que já foi escrito: a Bíblia.
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